Na suinocultura atual, características como docilidade, habilidade materna e bem-estar animal deixaram de ser vistos apenas como valores éticos: tornaram-se fatores determinantes da produtividade.
Docilidade: muito além do comportamento
A docilidade está correlacionada a menores índices de agressividade e maior resiliência dos leitões, características fundamentais para reduzir perdas produtivas em fases críticas como o desmame. Essa característica está diretamente relacionada à seleção genética e redução do estresse ambiental, que, segundo diversos estudos científicos, promove alterações epigenéticas e influencia, inclusive, a fisiologia e o comportamento da progênie.
Os leitões provenientes de matrizes e reprodutores mantidos em ambientes enriquecidos apresentam:
- Menor número de lesões de pele após o desmame, indicando menor agressividade;
- Respostas nociceptivas intermediárias, revelando maior equilíbrio emocional;
- Melhor desempenho produtivo, com maior número de nascidos vivos e desmamados.
Portanto, as alterações epigenéticas nas matrizes e nos terminadores induzidas por boas práticas de manejo (como ambientes com material manipulável, interação positiva com humanos e liberdade de movimento) resultam em leitões com maior capacidade adaptativa às condições de granja.
Genética e comportamento: herança que se traduz em desempenho
A docilidade em matrizes suínas facilita o manejo em todos os estágios produtivos – do manejo reprodutivo ao desmame. Fêmeas mais dóceis reduzem riscos para os tratadores e criam um ambiente favorável para a sobrevivência dos leitões, com melhor consumo de colostro, menor risco de esmagamentos e menor mortalidade.
O comportamento dócil e a habilidade materna podem – e devem – ser selecionados geneticamente. A linhagem de fêmeas Afrodite, da TOPGEN, é um caso de sucesso em genética suína adaptada às condições brasileiras. Selecionada inicialmente na Suíça, essa linhagem foi desenvolvida para manter alta produtividade em sistemas sem gaiolas, alinhando desempenho com bem-estar animal. Isso se reflete em resultados superiores em:
- Facilidade de manejo na maternidade;
- Alta habilidade materna e redução de perdas por esmagamento;
- Maior viabilidade e peso dos leitões ao desmame.
A combinação dos programas de melhoramento com as mudanças epigenéticas decorrentes do ambiente de desenvolvimento da linhagem resulta tanto em matrizes mais dóceis como leitegadas mais adaptadas e com melhor performance.
Docilidade é produtividade - e começa na genética
Enquanto o setor começa a discutir esses temas mais recentemente, a TOPGEN carrega uma história consolidada de mais de duas décadas de seleção genética voltada a fêmeas adaptadas, resilientes e altamente produtivas.
A base genética da linha Afrodite comprova que bem-estar, docilidade e produtividade não são conceitos opostos – são sinérgicos.
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